18 | agosto | 2011 | Diário de um educador

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A hora e a vez do professor

Me recuso a me unir a uma batalha onde nossos lideres são borboletas desorientadas.

Chamar mais uma greve para reivindicar somente a implementação do PCCR é um desrespeito para com a grande massa escolar que é diretamente atingida por esse movimento.

Sou a favor de greve sim! Mas deve ser uma greve que lute por benfeitorias na educação do estado do Pará:

É inadmissível que voltemos a criar o fatigante turno do intermediário (como ocorre em Castanhal) por falta de por falta de espaço físico para acolher a população que foi transferida para novos conjuntos habitacionais.

É inadmissível trabalhar em turmas superlotadas. Não se consegue êxito na educação simultânea de 61 alunos.

É inadmissível transformar a SEDUC em um setor de um partido político. Vi o absurdo que foi, com a entrada do novo governo, a entrada de novos “técnicos” incompetentes substituindo outros “técnicos” incompetentes na gerência da SEDUC.

É inadmissível ver nossos alunos sendo usados como massa de manobra pelos dois lados e ter que ouvir de um colega professor “altamente politizado” que “se eles fazem, nós também podemos fazer. É assim que é o jogo…”

Sou motivo de deboche quando propago estas e outras ideias em minha escola, afinal quem é que não quer ficar um mês descansando?

Meus colegas falam em “foco”, “Se não focarmos no PCCR, não conseguiremos nada”. Meu foco é EDUCAÇÃO!!!!!!!!!!

Para educar dignamente é necessário INFORMAÇÃO e CONSCIENTIZAÇÃO. Não admitirei em hipótese alguma que as crianças que educo sejam transformadas em massa de manobra.

Vamos informar e conscientizar nossas crianças e seus pais e juntos poderemos fazer uma greve digna em defesa da educação pública paraense.

Nesses moldes, a greve poderá durar anos mas será um greve digna!

Prof. Andrey H. Goulart (Castanhal)

Imagem: Google

agosto 18, 2011 at 1:39 pm 2 comentários

Autocratismo

Como o blogueiro já havia previsto, os tucanos paraenses continuam o processo de demolição da gestão democrática – implantado pelo governo petista, pelo seu modelo autocrático de inspeção escolar.

Para eles é vital controlar as escolas e, por isso, estão fatiando os cargos de diretor para agraciar a sua base aliada na Assembleia Legislativa. A mesma base que se recursa a aprovar a CPI da corrupção na ALEPA.

O desgoverno tucano só vai se aquietar quando o último diretor for exonerado e a Gestão Democrática foi arrasada até em seus alicerces.

A irmandade tucana é tão cínica que nem esconde da velha mídia sua disposição de salgar o chão da escola com a sua política clientelista para que nada que lembre democracia ali possa crescer.

Leia a matéria de O Liberal. Clique na imagem para ampliar