Monga

setembro 4, 2011 at 1:46 pm 2 comentários

Aproveitei a festividade de Nossa Senhora do Bom Remédio, a padroeira do Conjunto Satélite, para assistir o show da Monga, como eu faço desde os meus dez anos de idade. É, sem dúvidas, o maior espetáculo da face da terra.

Monga continua garbosa. Não envelheceu nem um pouquinho. Olha que o tempo passou.

Deixei de ser criança, curtir minha adolescência, cheguei a minha fase adulta, aparecerem os meus primeiros cabelos brancos , completei cinquenta aninhos, enquanto Monga continua exatamente como a vi pela primeira vez nos anos 60.

Então, ao final do espetáculo, pensei com o meu gene do ancestral comum que partilhamos com o macaco: qual é o segredo da eterna juventude de Monga?

Será que ela descobriu a pedra filosofal? Encontrou o objeto que poderia aproximar o homem de Deus e transmutar qualquer metal inferior em ouro, ou obteve o Elixir da Longa Vida, o que lhe permite prolongar a vida indefinidamente?

Seja qual for o seu segredo o show de Monga continua imperdível. A mulher, as luzes, o espelho, os gritos de pavor dos espectadores, o macaco, a correria das crianças e eu na bilheteria comprando mais um ingresso.

Calma Monga, calma Monga!!!!!!

 Foto: Arquivo Pesoal

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Sandice

2 Comentários Add your own

  • 1. valda oliveira  |  setembro 6, 2011 às 12:52 pm

    era férias de verão e eu estava visitando minha avó e tios na cidade deles; eu tinha pouco menos de doze anos. era dias sem ter muito o que fazer, mas eram dias diferentes e isso era realmente excitante para mim. só o fato de estar longe de minha casa já era algo que me fazia arrepiar.

    eis que por intermédio de uma vizinha ficamos sabendo que um parque de diversões estava na cidade. foi aquela animação e tudo mundo queria ir. eu achei aquilo a coisa mais maravilhosa do mundo, era como se eu tivesse ganho ingressos para a área vip de um show de madonna, com direito a foto e autografo da diva após o show.

    sábado, fim de tarde e lá estava eu todo arrumadinha, tomada banho, cabelinho penteado, me segurando para não explodir de ansiedade. pegamos um coletivo e fomos para o parque. meus olhos encheram d’água quando e vi as luzes, as risadas, as pessoas, os balões de gás, o algodão doce, as maças do amor, tudo era tão colorido e mágico, mas foi uma casinha mal construída e pintada de preto que chamou minha atenção; acima da porta pequena havia um letreiro de letras mal feitas onde podia-se ler:

    MONGA – A MULHER GORILA.

    depois de brincar em todos aquelas brinquedos típicos, comer muito, todos começaram a falar em ir embora, mas eu não tirava a casinha mal construída da cabeça e pedi meu tio para me levar lá.

    uma breve descrição de meu tio: faixa preta de fung-fu, quase dois metros de altura, ombros largos [101 cm para ser exato] 53 de bíceps, ou seja, um armário que andava e falava.

    lá fui eu segurando na mão de meu tio para o o encontro com monga, a mulher gorila. outras pessoas entravam na casinha, lá dentro era abafado e mal iluminado, havia à frente um palanque, ligeiramente alto, em cima do palanque uma jaula. uma música tribal começou a tocar, uma voz rouca invadiu todo o ambiente: “senhoras e senhores, é com prazer que eu lhes apresento, vinda das mais selvagens matas africanas, MONGA, a mulher gorila” uma mulher de biquíni entrou na jaula e começou a dançar sinuosamente, muitos assovios e gritos dos homens. ele continuou: “linda, não é?! mas essa mulher foi amaldiçoada” [eu arrepiava o corpo inteiro] “desde que foi amaldiçoada quando monga fica nervosa ela sofre uma transformação” a mulher começou a balançar a grade e a gritar, algumas pessoas recuaram, piscou a imagem de uma gorila raivoso sobre o corpo da mulher. o locutor alterou o tom de voz: “mas não se preocupe, monga é boazinha” a mulher estava praticamente derrubando a jaula, meu tio continuava imóvel, eu tremia da cabeça aos pés. o locutor gritou: “monga está nervosa” a grade estava quase caindo e no lugar da mulher agora havia um gorila enorme, melhor, alguém enorme vestido de gorila. “monga está muito nervosa” os ferros da jaula rangeram alto e com um baque surdo o monte de ferro velho veio ao chão, gritos ao meu redor, gente correndo para todos os lados, meu tio imóvel, eu tremendo por inteiro, monga rugiu alto e desceu do palco. na portinha que antes dava para passar apenas duas pessoas por vez, agora estavam passando cinco, para piorar tudo uma luz feito flash de uma maquina fotografia começou a piscar e o que se via era uma espécie de foto ao vivo de uma monga correndo para todos os lados segurando nas pessoas, dava uma balançada depois soltava. e o que eu mais queria era que monga viesse até mim, assim eu poderia dizer depois que monga tinha em mim, mas monga comentou um grande erro. segurou no braço do meu tio primeiro, ele olhou para ela(e) e disse: “solta de meu braço agora se não eu
    te dou uma porrada” sem pensar duas vezes a pessoa vestida de gorila soltou o braço de meu tio e nem próximo de nós encostou de novo. fomos uns dos últimos a sair da casa, eu quase chorando, na quase mal construída, pinta de preto, sem brilho como os outros brinquedos, um de meus sonhos de infância tinha sido destruído. voltei para casa desiludido e nunca mais quis saber de monga, a mulher gorila outra vez. vou te contar… por isso não faço questão de vê a tal monga!!

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  • 2. Pedagoga Keyla  |  setembro 8, 2011 às 5:13 pm

    Caro prof. Cavalcante,
    Após tanto tempo sem emitir opiniões em seu tão renomado blog,vejo a necessidade imperiosa de chamar-lhe atenção.
    Como o Sr. um professor de grande capacidade intelectual acredita que a Monga possa ser a mesma moça de quase 50 anos atrás?
    Professor deixe de ingenuidade!
    É claro que a moça vai sendo substituída com o passar dos anos.
    Ora bolas, que educador é o senhor?
    Pedagoga keyla

    _______________________________________________________________________
    Blogueiro
    Quem me disse isso foi a minha grande educadora Helaene Cavalcante.
    Eu acredito nela, pois mãe nunca erra!!!

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